O que é alimentação saudável?
É aquela que atende todas as necessidades do nosso organismo, sejam elas as mais diversas, produção de energia, bom e adequado funcionamento das células e órgãos, disposição, entre outras.
E como ela deve ser?
Ela deve ser:
- colorida
- equilibrada
- variada
- segura
- saborosa
- nutritiva
Além do mais, deve respeitar os hábitos alimentares e tradições de cada pessoa.
Ela tem de ajudar a manter a saúde e garantir o consumo de todos os nutrientes necessários para nosso dia a dia. Por meio dos alimentos, garantimos a oferta de nutrientes que são muito importantes para nossa saúde.
A prática de uma alimentação saudável melhora a qualidade de vida e previne o surgimento de doenças, como obesidade, diabetes, pressão alta, doenças do coração, anemias, entre outras.
Alguns estudos mostram que o consumo diário de legumes e frutas, alimentos ricos em vitaminas e minerais, ajudam na prevenção de doenças do coração e alguns tipos de câncer. Além de prevenir, escolher alimentos saudáveis e nutritivos, pode fazer parte do tratamento para certas doenças.
Porém, sabemos que manter hábitos ou muda-los é mais complicado do que pensamos, não é verdade? Mudar hábitos alimentares não é fácil, mas também não tem segredo.
O ideal é traçarmos pequenas metas e não nos culparmos caso não consigamos, o importante é não desistir e tentar sempre!
E por falar em alimentação, vamos desvendar alguns mitos?
Queijo branco tem menos gordura que os queijos mais amarelos?
Um bom queijo vai bem em qualquer refeição, não é verdade?
Uma das dúvidas que pairam em nossa cabeça, às vezes, é se os queijos brancos, como o queijo minas, tem menos gordura que um queijo mais amarelo, como o parmesão, por exemplo. Isso é verdade?
A resposta é, em partes isso é verdade. Quando comparados em quantidade, os queijos mais amarelos apresentaram um pouco mais de gordura.
A coloração amarelada não tem relação apenas com quantidade de gordura, mas com os ingredientes também. Porém, o mito a ser quebrado é que os queijos brancos também têm gordura.
E este teor também varia de acordo com a quantidade consumida. Portanto, tanto os queijos brancos, quanto os mais amarelos devem ser consumidos com moderação e podem fazer parte de uma alimentação balanceada.
Castanhas: se faz bem, posso comer à vontade?
Conhecidas também como oleaginosas, as castanhas, nozes, amêndoas são muito nutritivas, compostas por proteínas, minerais, fibras, elas são ótimas opções para os lanches intermediários, refeições entre as principais.
Além disso elas são ricas em gorduras boas, então, já que são tão nutritivas, posso consumir à vontade?
Na verdade, não. Apesar de serem gorduras benéficas, devem ser consumidas com moderação, dentro de uma dieta saudável, completa e balanceada.
As fibras realmente ajudam no funcionamento do intestino?
As fibras são nutrientes fundamentais para nossa alimentação, elas estão presentes em alimentos como, frutas, verduras, legumes, cereais e sementes.
Elas são classificadas em solúveis e insolúveis, de acordo com a sua solubilidade em água. As insolúveis têm a capacidade de aumentar o volume das fezes, ajudando no trânsito do intestino. As fibras insolúveis estão presentes nos cereais, nas frutas.
Portanto, respondendo à pergunta inicial, as fibras, principalmente as insolúveis, ajudam no bom funcionamento do intestino.
Posso comer carboidrato a noite?
Uma pergunta que às vezes surge: posso comer carboidrato à noite?
Muitas vezes o carboidrato é visto como vilão, porém, ele é muito importante para nossa alimentação, ele é fonte de energia, especialmente para nosso cérebro. Ou seja, deve estar presente em nossa alimentação.
A resposta da pergunta inicial é: depende. Na verdade, comer a noite não é o problema, o único detalhe é a questão da quantidade e o tipo de preparação/alimento.
Na verdade, esta questão está mais relacionada com a digestão. Caso a última refeição diária seja muito tarde, próximo ao horário de dormir, o ideal é optar por alimentos mais “leves”, por exemplo, bolachas de água e sal, sucos de frutas, chás, apenas para evitar uma indigestão a noite!
Integrais são menos calóricos?
Provavelmente você já deve ter ouvido falar dos alimentos integrais.
Segundo o Ministério da Saúde:
“é um alimento pouco ou não processado que mantém em perfeitas condições as fibras e nutrientes”.
Afinal, qual é a diferença entre os alimentos integrais e os não integrais?
Vamos por partes…geralmente ouvimos falar dos integrais como “ótimos aliados para nossa dieta”. Mas será que isto é realmente verdadeiro? Depende, confira abaixo as principais diferenças entre estes alimentos:
Alimentos integrais quando comparados aos não integrais:
- Possuem quantidade de fibras maior;
- Os nutrientes estão mais preservados, pois passam por menos ou nenhum processo de refinação;
- São mais escuros devido a quantidade de fibras;
- Não necessariamente possuem MENOS calorias (energia) porque são integrais.
Conclusão
Pensando em todos os pontos citados acima, se o seu objetivo é um consumo maior de fibras e nutrientes, ótimo!
Inclua os alimentos integrais em sua alimentação. Porém, um alimento integral não significa necessariamente que é menos “calórico” que aquele que não é, ou seja, não é necessariamente um alimento que é para uma dieta.
Enfim, além de optar por hábitos alimentares mais saudáveis, é muito importante buscar a ajuda de profissionais da saúde, como médicos e nutricionistas.
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Glossário Temático Alimentação e Nutrição Série A. Normas e Manuais Técnicos. 1ª edição. Brasília – DF. 2008 [acesso em 01/08/2014] Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_alimenta.pdf
U.S. Department of Agriculture e U.S. Department of Health and Human Services (2010) Orientações Dietéticas para Americanos, 2010. 7a Edição, Washington, DC: U.S. Government Printing Office. Disponível em: http://www.cnpp.usda.gov/Publications/DietaryGuidelines/2010/PolicyDoc/PolicyDoc.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 156 p. : il.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Módulo 11 : Alimentação saudável e sustentável. / Eliane Said Dutra…[et al.]. – Brasília : Universidade de Brasília, 2009. 88 p.
Tabela brasileira de composição de alimentos / NEPA – UNICAMP.- 4. ed. rev. e ampl.. — Campinas: NEPA- UNICAMP, 2011. 161 p.
4-Philippi ST – Nutrição e técnica dietética/Sonia Tucunduva Philippi. -2. Ed. Ver. E atual. – Barueri, SP: Manole, 2006.
Mattos LL, Martins IS – Consumo de fibras alimentares em população adulta. Rev Saúde Pública 2000;34(1):50-55.
http://www.brasil.gov.br/saude/2015/01/saiba-os-beneficios-decastanhas-nozes-e-amendoas